Quando o recruta se alista no exército, ele o faz por um ideal (sonho) ou por um emprego (carreira). Como novo recruta, ele não está pronto para o combate e por isso vai para o quartel para ser preparado. Lá receberá diversos treinamentos que vão desde o condicionamento físico até competências específicas como o tiro, uso do rádio, obediência e muito mais. Não faço apologia à guerra; sou um pacifista. Mas quero me valer desse exemplo simples para passar um conceito, por vezes ignorado.
O recruta é preparado em tempos de paz, simulando uma guerra fictícia (treinamento) e cresce nas suas patentes nesse ambiente. Temos aí uma carreira de capacitação para algo que potencialmente poderá ocorrer – a guerra.
O simples fato de existir um exército, apoiado pelas forças da diplomacia e dos tratados internacionais, promove a paz. Os países não abrem mão dos seus exércitos, pois sentem que seu ideal (país e soberania) precisa ser defendido, ainda que o ataque não ocorra.
Mas curiosamente essa engrenagem se desenvolve em tempos de paz e subitamente a guerra ocorre. É hora do combate. As forças se lançam uma contra as outras com o objetivo de dominação e defesa. O exército mais numeroso nem sempre é o que vencerá. Fatores como um forte ideal, liderança dos diversos membros do exército, treinamento adequado, nível de fadiga e estresse, armamentos, planos estratégicos que incluem desde a posição estratégica até a linha de suprimentos, informações e sistema de comunicações, “moral” da tropa, entre outros, influenciam bastante as chances de vitória, ou derrota.
Se imaginarmos uma organização em guerra, não podemos conceber que ela envie um recruta para o campo de batalha sem que ele tenha sido devidamente treinado, pois se assim o fizer, as chances de sobrevivência desse recruta serão muito baixas e o poderio do exército ficará comprometido. Ainda que as baixas sejam somente entre os recrutas, a “moral” ficará muito baixa pelo evidente desespero, e não tardará uma “retirada” ou “rendição”.
Agora vamos pensar no “mercado” como o campo de batalha, onde a “disputa” ocorre pelo “consumidor” (possível aliado), em que cada soldado (distribuidor) representa sua respectiva “empresa”. Os consumidores potenciais são abordados por diversas formas de propaganda que tentam seduzir e incorporar o “aliado”. Está de fato ocorrendo aí uma disputa (guerra). Se pensarmos que há um confronto, ainda que indireto, e pensarmos que isso é uma guerra real, não seria correto supor que esse recruta (novo distribuidor) usado como soldado (por ter sido induzido a pensar que seja um soldado) vá morrer no campo de batalha? Chances são que sim, ou que seja ferido e acabe desertando.
Alega-se que os fortes sobreviverão e que isso basta para manter a movimentação do combate (fins justificando os meios). Pergunte-se: precisa ser realmente assim? Estou convencido que não.
quarta-feira, 12 de março de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 comentários:
Pois é, Ricardo... Na nossa última conversa tratamos exatamente disso, lembra!? De fato é NECESSÁRIO o treinamento na primeira semana (pelo menos) ...muito antes de "deixar" o novo patrocinador falar c alguém.
Seguindo suas dicas e ensinamentos tenho certeza que tanto e como todos os outros leitores vá melhorar MUITO os resultados!!!
Obrigado Victor pelo seu comentário.
Essa é a minha esperança, que empreendedores se permitam avaliar e testar esses conceitos. Ao fazem perceberão o potencial à sua frente. Isso trará um MMN melhor para todos.
Por que alguns posts estão com o campo de comentário desabilitados?
Apenas recentemente eu disponibilizei essa opção. Grato pela pergunta.
Meu caro escriba, você é bom porque faz com que reflitamos, e mais, com que escrevamos.
Neste caso, como identificar o soldado ideal? Apenas dando treinamentos e treinamentos de combate? Uma determinada hora ele tem que ir para o front.
Antes de resistir, antes de achar difícil, o jeito é levá-lo ao fronto mesmo assim. Lá, com a voracidade do mercado, saberá que é possível vencer seus medos e assim saberá que vencidos, os medos, poderá dar resultados financeiros que jamais haveria de ter nas barbas de um chefe.
Desertar sim, mas, somente quando as possibilidades forem esgotadas.
Por exemplo: eu tenho alguns resultados pífios em MMN, mas o que me diz de uma preparo de longo prazo? Digamos que eu leve uns 3 anos aprendendo? Pode ser que me torne mais um águia do que um pato. Mesmo tendo nascido patinho, e feio! ehehe...
Enfim, este exercício é saudável e o setor é carente de debates abertos, francos e devemos cada vez mais discutir sim estes belos aspectos do setor. Se fossemos 30 milhões de MMNLERS falando do assunto a coisa seria diferente. Como somos poucos, fica difícil falar, fica difícil transpor a barreira das imbecilidades e das injustiças eivados por um preconceito deslavado e natural. Medo do desconhecido é humano desde os homens da caverna.
Grato e sucesso!
Fabio Basilio
Caro Fábio, obrigado pela sua participação. Perdoe-me pela resposta tardia.
Oriento às pessoas da minha organização a fazerem uma análise criteriosa de quem estão recrutando, ou seja, que sejam rigorosos em trazer bons soldados antes de treiná-los para batalha. Oriento para que tenham uma atitude equivalente a de um empresário que está recrutando um diretor. Você contrataria qualquer diretor para a sua empresa? Certamente não. O critério que promovo é o mesmo, ainda que esse diretor inicie como um estagiário (soldado aqui no caso).
Seja muito bem-vindo ao blog.
Ricardo Guimarães
Parabéns Ricardo, seu Blog é realmente muito saudável ao MMN... Suce$$o...
Postar um comentário