Muitos grandes pensadores de todos os tempos acreditaram que a “informação armazenada” do homem não está limitada às suas próprias experiências passadas, e fatos aprendidos. “Existe uma mente coletiva para todos os homens individuais”, disse Emerson, que comparou nossas mentes individuais às enseadas do oceano da mente universal.
Edson acreditava que ele obtinha algumas de suas idéias de uma fonte fora dele mesmo. Quando cumprimentado por uma grande idéia, ele desfazia o crédito dizendo que “idéias estão no ar,” e se ele não a tivesse descoberto, alguém mais teria.
Dr. J.B. Rhine, chefe do Laboratório de Parapsicologia da Universidade de Duke, provou experimentalmente que o homem tem acesso ao conhecimento, fatos, e idéias, outras que não a sua memória individual ou informação armazenada de sua experiência de aprendizado. Telepatia, clarividência, precognição, tem sido estabelecidas em experiências de laboratório. Suas descobertas de que o homem possui algum “fator extra sensorial”, que ele chama “Psi”, não é mais duvidado por cientistas que tenham seriamente revisto seu trabalho.
“Nós descobrimos”, disse o Dr. Rhine, “que existe uma capacidade de adquirir conhecimento que transcende às funções sensoriais. Essa capacidade extra sensorial pode nos dar conhecimento certamente em estados objetivos e subjetivos, conhecimento do assunto e mais provavelmente das mentes.”
É dito que Schubert (pianista) disse a um amigo que seu processo criativo consistia em lembrar uma melodia que, tanto ele quanto ninguém mais, jamais tivesse sido ensinada.
Muitos artistas criativos, bem como psicólogos que estudaram o processo criativo, ficaram impressionados pela semelhança da inspiração criativa, revelação súbita, intuição, etc., e a memória humana.
Procurar por uma nova idéia, ou uma resposta para um problema, é de fato muito similar a procurar a memória por um nome esquecido. Você sabe que o nome está lá, ou então você não procuraria. O scanner no seu cérebro procura memórias armazenadas até o nome desejado seja “reconhecido”ou “descoberto”.
A resposta existe agora
Quando nos determinamos a encontrar uma nova idéia, ou a resposta a um problema, nós devemos assumir que a resposta de alguma maneira já exista, e nos programarmos para encontrá-la. Dr. Wiener disse: "Uma vez que os cientistas ataquem o problema que eles saibam existir uma resposta, toda a sua atitude muda. Ele agora está 50% do seu caminho em direção à resposta."( Norbert Wiener, The Human use of Human Beings).
Quando você se prepara para fazer um trabalho criativo – não importa que seja na área de vendas, gestão de negócios, escrevendo uma música, melhorando relações humanas, ou o que seja, você começa com um objetivo em mente, e um fim a ser alcançado, uma “resposta alvo”, que, apesar de alguma forma vaga, será “reconhecida” quando alcançada. Se você realmente age seriamente nos negócios, tem um intenso desejo, e começa a pensar intensamente sobre todos os ângulos de um problema – seu mecanismo criativo vai trabalhar – e o “scanner”, que falamos há pouco, começa a procurar através das informações armazenadas, ou se coloca “tateando” em seu caminho para a resposta. Ele seleciona uma idéia aqui, um fato ali, uma série de experiências formadas, e as relaciona – ou amarra-as juntas em um todo significativo que irá preencher a porção incompleta da sua situação, ou resolver seu problema. Quando essa solução é servida para sua consciência – geralmente num momento desguarnecido que você esteja pensando em outra coisa – ou talvez num sonho enquanto sua consciência está adormecida – alguma coisa “clica” e você prontamente “reconhece” que essa é a resposta que você esteja procurando.
Nesse processo, seu mecanismo criativo também teria acesso a informações armazenadas na mente coletiva? Numerosas experiências de trabalhadores criativos parecem indicar que sim.
Tenha uma nova fotografia mental sobre você
Uma personalidade infeliz, fracassada, não pode desenvolver uma nova auto-imagem pelo puro desejo de vontade, ou apenas pela decisão arbitrária de fazê-lo. É preciso alguma base, alguma justificativa, alguma razão para decidir que a velha imagem de si mesmo é um erro, e que a nova imagem é apropriada. Você não pode meramente imaginar uma nova auto-imagem; a menos que você sinta que ela se baseia na verdade. Experiências demonstram que quando a pessoa muda sua auto-imagem, ela tem sentimentos que de uma maneira ou outra, a faz “ver” ou realizar a verdade sobre si mesma.
A verdade nesse artigo pode libertá-lo de uma velha e inadequada auto-imagem, se você ler isso freqüentemente, pensar intensamente sobre as implicações, e martelar essas verdades para você mesmo.
A ciência agora confirmou o que filósofos, místicos, e muitas pessoas intuitivas sempre declararam: todo ser humano foi literalmente “construído para o sucesso” pelo Criador. Todo ser humano tem acesso a um poder maior que ele mesmo.
Isso significa “VOCÊ”.
Como Emerson disse, “Não há grande nem pequeno”. Se você é construído para o sucesso e felicidade, então a sua velha imagem de si mesmo sem direito à felicidade, como uma pessoa com propósito de “falhar”, tem que ser um erro.
Leia esse artigo pelo menos três vezes por semana, durante 21 dias. Por que 21 dias? Porque está provado que esse é o tempo que um organismo leva a se adaptar a uma nova mudança – comprovado em amputações de membros onde o paciente permanece sentindo o membro amputado durante esse período. Estude-o e digira-o. Procure por exemplos de sua própria experiência, e dos seus amigos, que ilustrem o mecanismo criativo em ação.
Memorize os seguintes princípios pelos quais o seu mecanismo de sucesso opera. Você não precisa ser um engenheiro eletrônico, ou um físico, para operar seu próprio servo-mecanismo, assim como você não precisa ser um engenheiro automotivo para dirigir um carro, ou se tornar um engenheiro elétrico para ligar a luz do seu quarto. Você precisa ficar familiarizado com o seguinte, porque tendo memorizado, esses princípios irão lançar “nova luz” no que está a seguir:
1. Seu mecanismo interior de sucesso precisa de uma meta ou “alvo”. Esse alvo
precisa ser concebido como “já existindo agora”, tanto na forma atual quanto
potencial. Ele opera tanto (1) direcionando você para um alvo que já exista ou
por (2) “descobrir” alguma coisa que exista.
2. O mecanismo automático é teleguiado, quer dizer, opera – ou precisa ser orientado – para “resultados finais”, alvos. Não se desencoraje por causa dos meios talvez não estarem aparentes. É função do mecanismo automático suprir os meios, enquanto você fornece o alvo. Pense em termos dos resultados finais, e os meios
invariavelmente tomarão cargo de si mesmos.
3. Não sinta medo de cometer erros ou falhas temporárias. Todos os servo-mecanismos atingem seus alvos por
feedback negativo, ou em outras palavras, indo avante, cometendo erros e
imediatamente corrigindo seu curso (piloto automático).
4. Aprendizado de competências de qualquer tipo é obtido através da tentativa e erro, mentalmente corrigindo, mirando após um erro, até que um movimento “bem-sucedido”, ou performance, tenha sido conquistado. Depois disso, aprendizado futuro, e sucesso contínuo, é obtido por esquecer os erros passados e lembrando os sucessos, assim ele pode ser “imitado”.
5. Você precisa aprender a confiar no seu mecanismo
criativo para fazer o trabalho e não “atrapalhar ficando na cola” por ficar
muito preocupado ou ansioso se irá funcionar ou não, ou por tentar forçar isso
por muito esforço consciente. Você precisa deixar trabalhar, ao invés de fazer
trabalhar. A confiança é necessária, porque seu mecanismo criativo opera abaixo
do nível de consciência, e você não pode saber do que está abaixo da superfície.
Mais ainda, sua natureza é operar espontaneamente de acordo com a necessidade
atual. Assim, você não tem garantias antecipadas. Ele vem em operação à medida
que você age e à medida que você coloca uma demanda nele pelos seus atos. Você
não deve esperar para agir até ter provas – você deve agir como se estivesse lá,
e isso se tornará realidade. “Faça a coisa e você terá o poder, “disse Emerson.
Extraído e traduzido por Ricardo Guimarães do livro Psyco-cybernetics de Maxwell Maltz
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