Encontrei um casulo de borboleta e observei uma pequena fenda por onde a borboleta tentava sair. Horas passaram-se e ela, aparentemente, não conseguia progredir. Ela aparentava estar entalada.
Fiz o que me pareceu razoável, e com muito cuidado cortei o casulo e a borboleta saiu facilmente. Mas algo estranho ocorreu. A borboleta tinha um corpo robusto, mas asas fracas. No dia seguinte ela ainda estava lá e suas asas continuavam debilitadas.
Daí descobri que a natureza é perfeita e uma grande professora de comportamento e filosofia. A minha interferência cheia de boas intenções só atrapalhou o desenvolvimento da borboleta. O fato é que ao se esforçar por passar pelo pequeno orifício, os fluidos do corpo são bombeados para as capilaridades da asa, dando a ela a estrutura necessária para poder voar.
Assim é a vida. Geralmente para desenvolvermos força, precisamos da resistência. O esforço nos fortalece. Quando fazemos coaching, precisamos conter o ímpeto de facilitar sempre as coisas e considerar quando o treinando precisa passar por uma determinada dificuldade para que ele possa de fato fortalecer-se e obter a base para a melhor compreensão do valor do ensinamento que está sendo transmitido. É através da dificuldade que descobrimos o real valor e a importância que damos ao nosso objetivo